Procrastinar é o ato de adiar algo ou prolongar uma situação para ser resolvida depois. «É p’ra amanhã, Bem podias fazer hoje», já dizia António Variações.
Vamos lá ser mais concretos: adia as tarefas de criação de conteúdos? Não está sozinho. Escolha um tipo de publicação que faz com relativa facilidade e vá ampliando o seu leque, de forma consistente.
A procrastinação está muito relacionada com a capacidade de tomarmos as rédeas da nossa vida. Quantas vezes deixamos andar ou colocamos nos outros a culpa da nossa falta de ação? Que tal aproveitar hoje para mudar a situação?
A solução para a maior parte das coisas está dentro de nós, mas andamos tão atarefados com o dia-a-dia e vamos adiando aquela decisão que nos colocaria noutro patamar de consciência e felicidade mas também de responsabilidade.
Acreditem que falo por experiência própria. Sinto que tenho evoluído bastante e os livros são os meus amigos de eleição nestas áreas. No momento as minhas referências e os que funcionaram melhor comigo são estes: Hábitos Atómicos, de James Clear e o Método Bullet Journal, de Ryder Carroll.
É por essa razão que resolvi partilhar algumas ideias que me ajudaram e que considero bastante válidas.
Saber para onde quer ir
Já está farto de ouvir certamente que para alcançar os seus objetivos decida exatamente o que quer alcançar. Coloque por escrito os objetivos. Continuo a preferir o papel para este efeito.
Esvazie o cérebro com uma lista de tarefas. Organize a lista em projetos e determine prazos, mesmo que não os cumpra à risca. Depois disso, chegou a hora de colocar o seu plano em prática: qual é o primeiro passinho de bebé em frente? Todos os dias faça alguma coisa para ficar mais próximo do objetivo. Evite andar para trás no objetivo (a chamada auto-sabotagem).
Ironia do destino: nem sempre aquilo que colocou como objetivo se revela a coisa certa para si 😉 As surpresas acontecem.
Mediante o objetivo decida os tópicos sobre os quais vai comunicar. Pergunte às pessoas quais os seus principais desafios.
Fazer a tarefa mais difícil primeiro
Esta é a regra mais complicada de seguir: Fazer a tarefa mais difícil primeiro. O caminho a seguir é preparar-se na noite anterior, escolher a tarefa mais importante, começar e não permitir interrupções. A lógica é a seguinte: se a primeira coisa que faz no dia é por comer um sapo vivo, nada pior lhe poderá acontecer no resto do dia.
Ao pensar na situação atual, quais são as tarefas que vão ficando por fazer ao longo de semanas? Se tem um bullet journal elas são faceis de detectar 😉
Faça.
A disciplina é aquela amiga chata que sabemos que tem razão e ainda assim resmungamos.
Conte 5 – 4 – 3 – 2 – 1. Não lhe apetece? #doitanyway
Veja o trabalho de Mel Robbins e a ted Talk que a tornou conhecida.
Aplicar a lei de Pareto (80/20)
Sabemos que 20% das nossas atividades vão dar 80% dos nossos resultados. Devemos considerar as consequências de realizar ou não uma tarefa. A capacidade de prever com precisão os efeitos de adiar uma decisão ou tarefa é o que faz a diferença na concretização.
Lei da Eficiência forçada
Como nunca há tempo para fazer tudo o que queremos, temos de pensar «Qual o uso mais valioso do meu tempo neste momento?». Esta é a lei da Eficiência forçada: temos saber quais são as nossas atividades com maior valor e onde podemos fazer a diferença.
Aí, devemos focar-nos nas áreas em que temos melhores resultados. Gary Vaunerchuck fala-nos da importância da autoconsciência e de focar nos pontos fortes e não melhorar os pontos fracos.
Repense o multitasking. Mesmo
Fazer uma coisa de cada vez é uma constante em todos os autores de produtividade.
Se é mulher e está a ler este artigo, deixo o meu apelo. Não vá nessa cantiga.
Essa coisa das mulheres serem multitasking não é uma vantagem… Devemos decidir nós próprios o que vamos realizar, para ser uma escolha intencional e consciente.
Assim que se começa, continuar a trabalhar sem distrações até a tarefa estar 100% concluída: Nem email, nem telefone, nem chat… nem outras interrupções.
Estes desvios têm custos importantes na produtividade. Cada vez que paramos e retomamos a tarefa temos de reavaliar o ponto da situação e perdemos tempo. Quanto maior for a disciplina, maior a eficiência.
Há duas considerações a acrescentar neste ponto: qual o nível de concentração necessário para realizar essa tarefa? Deep work? Ou dá para juntar várias tarefas dentro do mesmo género?
Fazer a procrastinação criativa
Podemos adiar projetos menos importantes, delegar ou eliminar, assim como aprender a dizer não a situações que não nos trazem valor. Às vezes vale a pena parar se vale a pena o tempo que despendemos num determinado hábito que parece que já faz parte de nós… os hábitos mudam-se.
Reservar tempo para o Deep Work
Quando queremos algo, temos de investir tempo e comprometermo-nos de uma forma mais séria. Temos de criar compromissos connosco e manter esses compromissos mais desafiantes, como escrever um livro, fazer exercício, estudar e trabalhar ao mesmo tempo ou escrever artigos para o blog profissional.
Vão ser muitas as vozes, internas e externas a desafiarem-nos a abandonar o projeto. Temos de ser firmes! «Estava tão bem enrolada numa manta no sofá a ver filmes…» Não era?
Orientação para a ação
Temos de pensar primeiro, depois planear e partir logo para a ação. A orientação para a ação não significa que devemos fazer tudo tipo barata tonta. Temos de ser estratégicos.
Pensemos: isto é um ciclo, escolher as tarefas de maior valor, estratégia, ação, avaliação permanente.
Ao entrarmos num fluxo de grande concretização, torna-se de certa forma viciante.
Termino com o conselho da grande Ann Handley, uma referência no Marketing de Conteúdo.
Precisa de ajuda neste processo de criação da estratégia de conteúdos do seu negócio? A mentoria pode ser a ajuda de que precisa para criar e materializar a sua.
1 Comment
Confesso que procastinei a leitura deste artigo mas agora que li, gostei muito!
Já conhecia algumas das dicas (sou muito adepta das listas!) e vou experimentar as que não conhecia.
O vídeo da Mel Robbins é mesmo inspirador. Obrigada