Seja qual for o tipo de site mais adequado ao seu negócio, há uma função básica a cumprir: representar a sua empresa.
O website institucional ou corporativo inclui a apresentação da empresa, a informação e atributos dos produtos ou serviços a indicação de preços com a possibilidade de comprar ou subscrever serviços, blog e redes sociais da empresa, contactos e localização.
Tenha sempre em mente os objetivos que pretende atingir com o seu site. As falhas na definição da estratégia por parte dos empresários pode levar à adoção de ferramentas que não são ajustadas às suas necessidades e frustrar as expectativas, não permitindo que atinja as metas pretendidas.
Neste momento, uma situação frequente é as empresas precisarem de reformular o seu website. Esta ocasião devia ser aproveitada para pensar a Estratégia de Conteúdos e não se limitar a copiar os textos de um website para o outro.
Faça o teste da Marie Kondo aos seus conteúdos
Está satisfeito com o conteúdo do seu website? «Spark joy»? A mensagem que passa é aquela que quer para o seu negócio?
Recomendo que faça ou contrate uma Auditoria de Conteúdos e que coloque a seguinte questão, em cada peça de conteúdo: este texto representa a visão que tenho para o futuro do meu negócio e da minha marca?
Não basta refrescar o visual, o interior conta e muito.
Qualquer investimento realizado para promover o site, como publicidade online e dinamização das redes sociais, perde a sua eficácia se o utilizador for encaminhado para uma página inicial de um website confuso, pouco apelativo e que não tenha conteúdo relevante.
O website é o pilar da sua presença digital
O website deve ser o suporte de quase todas as outras ferramentas de Marketing na Internet.
Atualmente ter um website dinâmico e atualizado é um requisito quase obrigatório para qualquer negócio, seja qual for a dimensão da empresa. Principalmente para as PME, este pode ser visto como uma mais-valia no contexto da sua estratégia de marketing.
Contudo, há que salientar que o site funciona em conjunto com as outras ferramentas e não isoladamente, pelo que é preciso utilizar outras ferramentas para atrair tráfego para o website, aliadas a uma estratégia integrada de marketing e a um plano de conteúdos.
Um website corporativo serve para construir uma boa imagem junto ao consumidor e apoiar os outros canais de venda.
Mantenha um blog no website
Desde o início da utilização da Internet por parte das empresas que os websites corporativos têm vindo a evoluir do ponto de vista do desenvolvimento, do design e do marketing e na optimização para os motores de busca (SEO).
Ainda há muito a fazer pelos sites portugueses. Felizmente, cada vez mais empresas investem num website responsivo mas se perguntarmos quantas têm uma Estratégia de Conteúdos documentada, as respostas são bastante tímidas.
Isto significa que o seu website está a perder a eficácia por não conseguir reunir conteúdos interessantes de forma consistente que levem o visitante a voltar a um website após uma primeira visita e que possam melhorar as hipóteses de aparecer nos primeiros resultados nas pesquisas nos motores de busca. E, já agora, invista num site fácil de atualizar recorrendo a um gestor de conteúdos (CMS).
Torne o seu site fácil de usar
O conceito de usabilidade é de definição complexa e polémica. Segundo Jakob Nielsen, a usabilidade refere-se a um atributo qualitativo que avalia a qualidade de interação com os interfaces por parte do utilizador, assim como os métodos para promover a facilidade de uso durante o processo de design.
Os sites atuais têm de ser responsivos (responsive) e ter em conta a usabilidade nos vários suportes: dos desktops aos formatos mobile (tablets, smartphones, etc.), sob pena de deixar de fora a esmagadora maioria dos consumidores, que cada vez mais usam o smartphone no seu dia-a-dia.
Mesmo estando nas redes sociais, é preciso ter website
Há os casos de empresas que colocam no foco da sua estratégia de Marketing estar presente nas redes sociais, o que pode ser interessante se conseguir dinamizar a comunidade e criar engagement com o seu público, mas insuficiente. As redes sociais cumprem as funções de atrair tráfego e de envolvimento, não tanto as de conversão e vendas.
Além disso, nem sempre a interação com o cliente é fácil de conseguir, porque as regras e os algoritmos dos social media estão sempre a mudar.
Há muitos casos em que a falta de uma estratégia para as redes sociais adequada acaba por prejudicar a imagem da empresa, mesmo em grandes empresas.
As redes sociais funcionam como um espaço alugado numa propriedade de terceiros.
O website é propriedade da empresa, estando na sua mão o controlo do que é publicado. Esta é uma forma de fazer ouvir o seu discurso na web, além das interações dos utilizadores. Se não tem um discurso próprio, serão outros a ditar a sua comunicação ao mercado.
Invista para que o seu site seja encontrado
Vai ter de investir para ser encontrado: tempo ou dinheiro.
«Com a crise cortámos os gastos em publicidade», ouve-se dizer. Pois precisamente pelo contexto económico desfavorável é que a empresa precisa de reforçar a estratégia de marketing e repensar as suas apostas. É possível comunicar ao mercado através do website da empresa com um custo mais reduzido em comparação com outros meios, como a imprensa ou a televisão, mas para conseguir essa vantagem tem de ter ao seu alcance recursos humanos especializados, internos ou externos.
Para transmitir profissionalismo, o site deve ser elaborado por profissionais habilitados, e não por pessoas amigas ou familiares que se desenrasquem na Internet.
Isto implica um investimento, mas atualmente existe uma infinidade de soluções para todos os bolsos. Apesar de existirem no mercado várias soluções com condições acessíveis para Pequenas e Médias Empresas, é preciso ter em atenção que as opções com menores custos podem ter mais limitações em termos de atualização de conteúdos ou em acrescentar funcionalidades no futuro.
Em suma…
O website deve funcionar como base de todas as outras ferramentas de Marketing Digital e físico utilizadas mas a estratégia de Marketing não se deve limitar a este aspecto, até porque a tarefa de gerar tráfego de qualidade é cada vez mais difícil, tendo em conta que o número de websites disponíveis tem vindo a crescer exponencialmente.
Fazer um site é uma coisa. Fazer com que as pessoas o visitem é outra. in Kotler e Armstrong (2007), Princípios de Marketing
Artigo publicado originalmente a 6 de Novembro de 2012 e revisto a 6 de Novembro de 2019
2 Comments
Tenho um ecommerce no qual me identifico bastante e tenho tido ao longo de 2016 até hoje um bom feedback. Tudo começa com uma brincadeira que vai tomando forma de negócio. A minha questão é se faz sentido ter um Blog inserido num ecommerce ou por outro lado devo desagregar e ter um blog temático de nicho separado.
Sou a favor de ter o blog integrado no website do ecommerce, pensando nos conteúdos ao longo da jornada do cliente, para fazer o utilizador evoluir da descoberta da necessidade, à consideração da solução e decisão de compra.
Na fase inicial de dar a conhecer o projeto, os meios mais indicados são a estratégia de blog, a dinamização de redes sociais e o SEO e a publicidade online.
Os conteúdos do blog são excelentes para despertar a curiosidade e esclarecer as dúvidas os utilizadores possam ter e também para a otimização para os motores de busca (SEO) e também para os ajudar a conhecer melhor os produtos da loja.