Para quando o voto em mobilidade?

A abstenção foi a grande vencedora das eleições legislativas. Mais uma vez. Quando teremos a possibilidade de votar, onde quer que nos encontremos, deslocando-nos a qualquer mesa de voto do país no dia das eleições?

Nem todos os Portugueses deixam de ir votar para não estragar um dia de praia ou porque estão descrentes da política, se bem que estes dois casos se apliquem a um vasto leque de eleitores.

Um ou outro também não vota porque tem uma vida nómada, entre o local onde trabalha e o local onde tem a família. Militares, professores, estudantes e outros profissionais nem sempre encaixam nos critérios para o voto antecipado. Outros votariam se fosse mais simples ir votar, sem implicar grandes deslocações e complicações.Se já entregamos as declarações para os nossos impostos pela Internet, sendo este um dos assuntos mais delicados para os contribuintes, porque não deixar que as novas tecnologias nos permitam exercer o direito de voto onde quer que estejamos?

Bastante trabalho tem de ser feito, em permanência, para actualizar a Base de Dados de eleitores portugueses, que padece de duplas inscrições, cidadãos falecidos, entre outros casos. Afinal não somos assim tantos, podendo ser efectuados uma série de cruzamentos de informação que permitiriam retirar umas quantas pessoas indevidamente presentes nos cadernos eleitorais. Esses cadernos eleitorais nacionais deveriam estar acessíveis em todo e qualquer mesa de voto.

Como a maior parte dos locais de voto se situa em escolas e todas ou praticamente todas estão ligadas à Internet, não me parece muito difícil de por em prática esta medida, com a devida segurança informática.

Não estou, neste caso a falar na adopção do voto electrónico, que tem uma série de vantagens – de mobilidade e disponibilidade  – e inconvenientes, no que diz respeito à segurança dos dados e às condições em que é efectuado o voto, razão pela qual ainda não foi adoptado por muitos países.

Quem sabe se nas próximas eleições poderemos contar com o voto em mobilidade e conseguir, assim, mobilizar mais uns quantos portugueses para decidir sobre o seu futuro. Fiz o meu dever cívico, ao transmitir este meu pensamento à Comissão Nacional de Eleições e acredito que não estou sozinha neste meu pensamento.

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